Anúncios no Snapchat: O Que Funciona Melhor, Puláveis ou Não Puláveis?

A publicidade no Snapchat evoluiu rapidamente nos últimos anos, e com a diversidade de formatos oferecidos pela plataforma, anunciantes enfrentam uma decisão estratégica importante: investir em anúncios puláveis ou não puláveis?
Para ajudar marcas e profissionais de mídia a tomar decisões baseadas em dados, o Snapchat divulgou um relatório detalhado que analisa o comportamento dos usuários diante desses dois tipos de anúncio. O estudo, baseado em testes com 4.800 usuários, foi conduzido pela Magna Media Trials e revela insights relevantes sobre atenção, lembrança, sentimento e preferência de marca.
Neste artigo, você encontrará uma análise aprofundada das descobertas mais recentes do Snapchat, bem como recomendações práticas para usar anúncios de forma mais eficaz. Abordaremos o impacto de cada tipo de criativo, o comportamento do usuário e as melhores práticas para alcançar resultados reais com anúncios no Snapchat.
Tópicos do Artigo:
Entendendo os formatos de anúncios do Snapchat
Antes de interpretar os dados, é importante entender como funcionam os principais formatos de anúncios em vídeo disponíveis na plataforma.
Comerciais Padrão: curtos e não puláveis
Esse tipo de anúncio tem duração de 3 a 6 segundos e é impossível de ser pulado. Por serem obrigatórios até o fim, têm maior potencial para garantir que a mensagem da marca seja transmitida integralmente, desde que bem construída.
Comerciais de Reprodução Estendida: longos e puláveis
Com duração de 7 a 180 segundos, esses vídeos podem ser pulados após os primeiros 6 segundos. Eles oferecem mais liberdade criativa, mas dependem fortemente da capacidade de capturar atenção imediatamente para evitar a rejeição.
Essas duas abordagens têm características distintas. A dúvida que surge para marcas e agências é: qual gera mais resultados?
Primeiros segundos: onde tudo começa
Uma das conclusões mais destacadas no relatório do Snapchat é a importância crítica dos primeiros 2 segundos de um anúncio, independentemente do formato.
De acordo com os dados, a presença da marca desde o primeiro instante é essencial para gerar impacto, especialmente em uma plataforma onde o público está acostumado com conteúdos curtos e altamente visuais.
Marcas que aparecem logo no início do anúncio têm maior probabilidade de serem lembradas, ainda que o usuário opte por pular o vídeo posteriormente. Portanto, a identidade da marca deve estar clara desde o segundo zero.
O impacto na lembrança do anúncio: puláveis vs. não puláveis
Uma das métricas centrais avaliadas no estudo é a capacidade dos anúncios de gerar lembrança — ou seja, fazer com que o usuário se recorde da marca após ter visto o anúncio.
Anúncios não puláveis têm leve vantagem na lembrança
Quando o usuário é obrigado a assistir o vídeo inteiro, a taxa de lembrança tende a ser um pouco maior. Isso é natural: quanto maior a exposição completa ao conteúdo, maior a retenção da mensagem.
No entanto, essa vantagem é modesta. Os anúncios puláveis ainda conseguem bons índices de lembrança, desde que os primeiros segundos sejam fortes o suficiente para transmitir a ideia principal da campanha.
Abordagem mista supera formatos isolados
O dado mais estratégico revelado é que campanhas que utilizam uma combinação de anúncios puláveis e não puláveis têm desempenho superior em métricas como:
- Preferência de marca
- Interesse declarado pelo produto
- Intenção de compra futura
Isso ocorre porque os diferentes formatos provocam estímulos complementares no público: os não puláveis garantem entrega da mensagem; os puláveis respeitam a autonomia do usuário e reforçam o engajamento voluntário.
O que os usuários do Snapchat preferem?
O estudo também explorou o sentimento dos usuários em relação aos formatos. E aqui está o grande dilema: embora os anúncios não puláveis gerem uma lembrança um pouco maior, eles não são os preferidos da audiência.
A maioria dos usuários prefere anúncios puláveis
A possibilidade de pular o anúncio é percebida como uma forma de respeito ao tempo do usuário, o que contribui para uma experiência mais positiva. Isso pode afetar diretamente:
- A percepção da marca
- A disposição para engajamento posterior
- A tolerância a anúncios futuros
Logo, um anúncio não pulável pode até ser lembrado, mas se for percebido como irritante, essa lembrança pode ser negativa — e prejudicial para a imagem da marca.
Relevância e contexto: os verdadeiros diferenciais
Os dados também revelam que, mais do que o formato em si, o conteúdo do anúncio e seu alinhamento com os interesses do usuário determinam o sucesso da campanha.
Anúncios relevantes geram retenção, mesmo quando puláveis
Quando o vídeo é criativo, útil ou emocionalmente envolvente, ele tende a reter a atenção mesmo quando existe a opção de pular. Ou seja, o formato pulável não precisa ser uma desvantagem — desde que o conteúdo seja realmente atrativo.
Anúncios irrelevantes são rejeitados, mesmo quando obrigatórios
Se o vídeo não conecta com o público ou parece genérico, ser não pulável só agrava o problema. O usuário se frustra por não poder sair, e isso cria rejeição ativa à marca, com impactos duradouros na percepção.
Melhor prática: equilíbrio entre formatos e foco na qualidade
A principal recomendação do Snapchat, com base no estudo, é adotar uma estratégia de publicidade híbrida, que combine os dois formatos e aproveite o melhor de cada abordagem.
Benefícios da abordagem mista
- Maior cobertura de públicos com preferências diferentes
- Combinação de lembrança e sentimento positivo
- Melhor adaptação a campanhas em funis variados
Campanhas mistas são especialmente eficazes para marcas que precisam:
- Educar e engajar novos públicos
- Reforçar o reconhecimento de marca
- Aumentar conversão com criativos diversificados
Como montar um anúncio eficaz no Snapchat em 2025
Com base nas tendências mais atuais e nos dados do relatório, confira um guia para construir anúncios que realmente gerem impacto:
Seja breve e direto desde o início
Os primeiros segundos definem o destino do anúncio. Comece com uma mensagem clara, criativa e que destaque a proposta de valor da marca.
Use o poder da identidade visual
Logotipo, paleta de cores e elementos reconhecíveis devem estar presentes desde o primeiro frame. Isso aumenta a chance de lembrança mesmo em visualizações rápidas.
Capriche na segmentação
O Snapchat permite uma segmentação refinada por interesses, localização, dispositivos e comportamento. Quanto mais preciso o direcionamento, mais relevante será o anúncio.
Invista em criativos nativos e verticais
Os anúncios com melhor desempenho no Snapchat são aqueles que imitam o conteúdo orgânico e respeitam o formato vertical nativo da plataforma.
Use CTAs claros
Mesmo em vídeos curtos, inclua chamadas para ação que direcionem o usuário: “deslize para saber mais”, “assista agora”, “compre com desconto exclusivo”.
Análise crítica: o que o relatório do Snapchat não diz
Embora o estudo traga insights valiosos, é importante contextualizar algumas questões.
Interesses comerciais influenciam as recomendações
O Snapchat, como toda plataforma, tem interesse em incentivar o uso de múltiplos formatos, pois isso amplia o investimento publicitário. Portanto, parte das sugestões podem ser vistas como alinhadas à estratégia da empresa.
Cada nicho e público tem comportamento próprio
As conclusões não devem ser aplicadas de forma cega. Testes A/B, acompanhamento de métricas e feedback da audiência são indispensáveis para adaptar as estratégias às realidades de cada marca.
Métricas fundamentais para avaliar o sucesso dos anúncios
Ao investir em publicidade no Snapchat, acompanhe dados como:
- Taxa de visualização até o fim
- Taxa de pulo após 6 segundos
- Tempo médio de exibição
- CTR (click-through rate)
- Custo por visualização completa (CPV)
Somente com uma leitura integrada dessas métricas será possível avaliar o verdadeiro impacto dos criativos.
Conclusão: o formato importa, mas o conteúdo decide
A escolha entre anúncios puláveis e não puláveis no Snapchat deve ser feita com base em objetivos de campanha, perfil da audiência e qualidade criativa.
Se você busca entregar uma mensagem integral com garantia de exposição, os não puláveis ainda são uma boa aposta. Mas se o foco for respeitar a experiência do usuário e gerar engajamento positivo, os puláveis trazem vantagens importantes.
A abordagem híbrida, combinando os dois, é a mais recomendada. Mas lembre-se: um anúncio ruim será ignorado, seja ele pulável ou não. Um bom criativo será assistido, mesmo com opção de pulo.
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