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X, Dois Anos Depois: Por que o “Aplicativo para Tudo” de Elon Musk Ainda Não Chegou Lá

Confira por que, dois anos depois, o “aplicativo para tudo” de Elon Musk, o X, ainda não alcançou suas grandes promessas e os desafios que a plataforma enfrenta em 2025.

Desde que Elon Musk transformou o Twitter em X, muita coisa mudou — na imagem, na proposta e nas ambições da plataforma. A promessa era ousada: tornar o X o “aplicativo para tudo”, uma espécie de super app que uniria mensagens, vídeos, pagamentos e muito mais, inspirado no modelo do WeChat na China. Mas passados dois anos desde a aquisição da rede social, o que de fato se concretizou?

Este artigo analisa em profundidade a trajetória do X desde a rebranding, os avanços, os retrocessos e o porquê a plataforma ainda está longe de alcançar a ambição de Musk. Ao longo de cinco grandes tópicos, vamos explorar os pontos-chave do desempenho da plataforma, com dados, contexto estratégico e tendências para os próximos anos.

A transição de Twitter para X: branding, percepção e confusão

Twitter X Radar
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A mudança de nome de Twitter para X, anunciada oficialmente em 2023, foi um dos maiores rebrandings da história da internet. A nova identidade visual — minimalista e monocromática — prometia marcar o início de uma era revolucionária. No entanto, a transição de marca não foi nem simples nem imediata.

Apesar de Musk possuir o domínio x.com desde o início dos anos 2000, usá-lo como núcleo de uma rede social global exigia mais do que um simples novo logotipo. Um dos principais desafios enfrentados foi o reconhecimento da marca: mesmo meses após a mudança, muitos usuários ainda se referiam ao aplicativo como “Twitter”, e não como “X”.

Relatórios recentes de buscas no Google mostram que o termo “login X” ultrapassou “login Twitter” pela primeira vez, um possível indício de que o público começa a assimilar o novo nome. Mas essa assimilação ainda é limitada: dentro do próprio app, termos como “tweet” continuam aparecendo em menus, notificações e documentos oficiais. Ou seja, o rebranding ainda não foi totalmente consolidado, o que atrasa o alinhamento da percepção da marca com sua proposta futurista.

Outro ponto crucial: branding exige coerência, tanto visual quanto funcional. E enquanto a interface do X permanece quase idêntica à do antigo Twitter, fica mais difícil convencer usuários e anunciantes de que a plataforma está em uma nova fase.

A promessa do super app: o que Musk prometeu vs. o que entregou

Quando Elon Musk revelou sua visão para o X, ficou claro que ele imaginava algo muito maior do que uma simples rede social. Ele desejava criar um ecossistema digital multifuncional, onde os usuários pudessem:

  • Consumir conteúdo (texto, imagem, vídeo)
  • Interagir socialmente
  • Realizar pagamentos digitais
  • Fazer transmissões ao vivo
  • Monetizar conteúdo
  • E eventualmente, gerenciar sua vida digital dentro de um só aplicativo

No entanto, dois anos depois, poucas dessas promessas foram de fato cumpridas. Vejamos as principais iniciativas anunciadas e o estágio atual de cada uma:

Plataforma de vídeo

Musk e a CEO Linda Yaccarino afirmaram em diversas ocasiões que o X seria também uma plataforma de vídeo robusta. Uma nova aba de vídeo foi adicionada à interface, mas isso está longe de configurar uma mudança estrutural no foco da plataforma.

Não houve anúncios significativos de parcerias com grandes produtores de conteúdo, nem investimento claro em ferramentas de criação audiovisual. Além disso, o feed principal ainda prioriza texto e imagens, o que vai contra a lógica de uma plataforma centrada em vídeos.

Pagamentos no aplicativo

Outro pilar da proposta de super app era o desenvolvimento de uma infraestrutura de pagamentos digitais. Musk falou em permitir que usuários enviassem dinheiro, pagassem contas e até realizassem compras diretamente pelo X.

Contudo, até hoje a empresa ainda não obteve todas as licenças necessárias nos EUA para operar como instituição financeira. Os testes com pagamentos estão em andamento, mas ainda restritos a ambientes fechados. Nada foi liberado para o público até agora, e o projeto segue atrasado.

Monetização para criadores

Aqui houve algum progresso: o X oferece hoje um sistema de monetização baseado em engajamento, com recompensas financeiras para contas que atingem determinados níveis de visualizações. No entanto, a estrutura é opaca, os pagamentos são inconsistentes e ainda não há um modelo claro de sustentabilidade para essa funcionalidade.

O crescimento estagnado: usuários ativos e perda de relevância

Jornada Marketing X Formato De Anuncio
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Um dos principais indicadores de sucesso para plataformas digitais é o crescimento de sua base de usuários ativos. Na visão de Musk, o X deveria atingir 600 milhões de usuários diários ativos (DAU) até 2025, com projeções ainda mais ambiciosas para os anos seguintes.

Na prática, os dados contam outra história:

  • Em 2022, o Twitter tinha cerca de 217 milhões de usuários ativos diários monetizáveis (mDAU)
  • Em 2024, Elon Musk afirmou que o X chegou a 600 milhões de usuários ativos mensais (MAU)

O problema? Musk havia prometido 600 milhões de usuários diários, e não mensais. Essa diferença é crítica: um MAU é qualquer pessoa que acessa o app uma vez por mês; um DAU exige uso diário. Portanto, o crescimento está bem abaixo do esperado.

Além disso, relatórios oficiais mostram que o uso da plataforma caiu 15% na Europa desde que Musk assumiu o controle. O tráfego do site também sofreu quedas significativas, com breves picos esporádicos em eventos específicos.

As classificações de download do aplicativo X nas lojas de apps estão em declínio, e a plataforma enfrenta desafios para reter novos usuários, especialmente entre o público mais jovem — que migra para redes como TikTok e Instagram.

A visão política e o impacto na reputação da plataforma

Outro fator que tem afetado a trajetória do X é a forte polarização política envolvida na gestão da rede. Musk se posicionou como defensor da “liberdade de expressão absoluta”, o que levou a mudanças na moderação de conteúdo e à reintegração de contas controversas, como a de Donald Trump.

Essa postura causou uma fuga de anunciantes preocupados com a segurança da marca e o ambiente da plataforma. Grandes empresas reduziram ou suspenderam seus investimentos publicitários no X, impactando diretamente a receita e a sustentabilidade do modelo de negócios.

Muitos especialistas apontam que, ao transformar o X em um palco político, Musk minou a credibilidade da rede como espaço neutro para comunicação e marketing.

Além disso, a transparência dos dados caiu drasticamente. Antes, o Twitter publicava relatórios abertos e auditáveis. Agora, o X divulga números sem verificação externa, o que dificulta avaliar com precisão o desempenho da plataforma.

O futuro do X: ainda há chance de se tornar o “aplicativo para tudo”?

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Apesar dos tropeços e do ritmo mais lento do que o prometido, o X não está fora do jogo. A plataforma ainda conta com uma base sólida de usuários e ocupa espaço importante no ecossistema digital.

A aquisição da rede pela xAI, a startup de inteligência artificial também fundada por Musk, pode representar um novo impulso. Ao integrar IA generativa à plataforma, o X poderá oferecer recursos como:

  • Busca inteligente e contextual
  • Resumo de conteúdos em tempo real
  • Assistentes virtuais integrados à navegação
  • Curadoria automatizada de conteúdo relevante

Essa união entre rede social e IA pode revitalizar o projeto de super app. No entanto, ainda é cedo para saber se isso será suficiente para transformar o X no ecossistema digital multifuncional que Elon Musk vislumbra desde os tempos do domínio x.com.

Conclusão: uma promessa grandiosa, mas ainda não cumprida

Dois anos após o rebranding e a mudança de estratégia, a realidade é que o X está longe de se consolidar como o “aplicativo para tudo”. Embora tenha avançado em alguns aspectos — como novas opções de monetização e identidade visual —, a maior parte das promessas feitas por Musk continua no papel.

Os dados mostram crescimento estagnado, perda de usuários em regiões-chave, queda na receita de anúncios e atrasos nas principais inovações tecnológicas.

A visão de Elon Musk ainda pode se realizar no longo prazo, especialmente com o apoio da xAI e avanços em pagamentos e vídeo. Mas, por enquanto, o X permanece como uma rede social em transição, sem identidade funcional clara e muito distante de se tornar um ecossistema completo.

Se o plano é ambicioso demais ou apenas mal executado, só o tempo dirá. Mas uma coisa é certa: o mercado digital exige mais do que promessas — exige resultados concretos, consistência e foco no usuário.


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